domingo, 26 de fevereiro de 2012

Saco.

-Algumas pessoas têm o mal de acharem que sou pequeno demais, frágio demais e dependente demais. Pois falo a estas. Que suas preocupações são desnessárias. Que quando a barra realmente esta preta sou eu que enfrento o gigante sozinho. Me fodo sozinho, e morro sozinho. Estou cheio de sorrisos forçados e tapas nas costas. Não há necessidade. Simplesmente me deixem com meu cigarro e minha bebida e do resto cuido eu. Eu sei o que me faz bem e dessas não me afasto. E se pra vocês pouco importa, também digo o mesmo. O que é meu é meu. E se caso eu perder, me quebrar, isso já é uma questão minha. Engulam sua saliva e não desperdicem pronunciando meu nome pelas ruas. Eu já ando nas mesmas e sou aquilo que se vê. Se não agrada, se afastem. Se eu tiver apenas um amigo, pra mim já é coisa demais. Se não tiver me viro com o que tenho. É simples. Só não façam perder meu tempo escrevendo discursos de concientização barato. Isso tudo é uma questão de lógica. Cago para vocês. Tudo isso é muito chato. Fique com seu queijo e deixe o meu em paz.

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Resumo.


-É com ele que quero ter os meninos, as brigas cotidianas por causa das roupas espalhada pela casa, os almoços em família nos dias de domingo e compartilhar meu dia após chegar do trabalho. Que quero acordar descabelado e com bafo de leão. Que quero viajar nas férias  de Junho e em seu corpo nas noites de verão, de inverno, na verdade qualquer estação. É com ele que quero estar. Pois sem ele não há, simplesmente não há.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Depois da Santa Quarta.


-Eu boto o bloco na rua. Grito, danço, brinco. Faço barulho em meio ao silêncio, sem pronunciar uma palavra. A folia é aqui dentro. Um misto de sentimentos e sensações. Não sei explicar. Meu eu complexo. Lá no baú, onde ficam guardadas as máscaras, máscaras desconhecidas. Outras que você desperta. Sinto medo. O personagem se apoderou do artista. A brincadeira virou coisa séria. O Carnaval acabou.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Madrugada.

-Pegue aquilo que lhe cabe, que é teu e só a ti pertence.  Não deixe recado. As chaves estão no lugar de sempre. Deixe a casa como era.

(...)

-Faça do seu Carnaval o que quiser, só não me faça de palhaço!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Aquele Rascunho Guardado

Aqui a noite tudo se faz silêncio, ausência, se faz só. Tranco as portas e janelas. Me tranco no vazio, no oco, no ócio.  -O Tempo passa sem cumprimentar. Talvez tenha passado meu tempo. E o que dizer do que passou, que se foi, que já era. Haverá tarde amanhã?. Se ao menos chover ou ficar nublado...é algum sinal. Mas hoje...sim, hoje, nem sereno há.




Rascunho em um papel amarelado.

Pedaços.

-Se não me lêem, não irei escrever. Uma página é pouca para descrever. Não sei de mim uma linha.

Manhãs de Setembro.

Naquele bar, depois de algumas doses e de fumar o último cigarro. Aquele último cigarro amassado no bolso de seu Jeans desbotado. O menino decide não querer guerra.-Não por hoje. Os primeiros raios da manhã anunciavam a chegada de um novo dia. Levantou-se, chamou o garçom. Pagou o que devia. Sentindo a neblina ainda do início do dia põe sua jaqueta, vira as costas e vai embora. Parte em silêncio pelas ruas da cidade.

Alvo.

-A pior dor para mim é a escrita. Acelera o coração, dói na alma, falta o ar. É o momento da  vida em que mais fico ancioso. O momento em que o papel se revela. O momento em que fico Nu.

Ficção

-Eu já sabia das suas cartas, encontros e telefonemas. Sabia dos seus casos e descaso. Do seu prazer e do meu destino. Não previa via cartas do tarô, talvez pela fumaça do meu cigarro. Meu vício diario. -Cotidiano. A chuva era prevista, as nuvens no céu com seu cinza anunciavam a chegada da tempestade.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Embriagado.

Sábado 05:00 a.m.


-Estou embriagado, não daquela substancia inflamável, aquele tal de álcool etílico. Estou embriagado de paixão, de desejo, completamente chapado, em transe. Tudo começou com pequenas doses e fui me viciando, hoje me vejo completamente dependente e a cura é o próprio veneno quente que corre em minhas veias, em suas veias. E lá estávamos, bêbados, nos afogando em suor e rolando pelos lençóis feito loucos, loucura essa que me deixa  tonto, perde-se o ar. Faz esquecer quem sou, me despir de mim mesmo,despi-lo, e se tornar uno. O melhor dessa dependência é a ressaca, a parte em que o corpo clama por descanso, onde perdemos o sentido. Mas não dura muito tempo logo vem a abstinência, essa vontade louca de me afogar em seu corpo, seu ser, sua alma, que dói nos ossos, músculos e sangra.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sede.

E foi assim, meio ano dele. Me aquecendo em seu corpo, bebendo de sua saliva, me alimentando de sua carne. Meio ano de reencontro, aquilo que minha alma ansiava desde antes do nascimento. Tudo tão intenso, tão meu, tão nosso. Onde até os desentendimentos eram prova de amor, reafirmação de necessidade um do outro. Dias em que minhas manhãs ficaram mais lindas e os dias mais lentos quando não estávamos perto, e se estávamos, já era saudade por ter que espera-lo novamente. E quando acho que transbordei de amor é somente achismo. Estou vazio. Quero ele até a última gota, até matar a sede, essa sede estranha. Sede de alma, de peito, que seca a boca. E se amor é sede, ele e a fonte de minha inspiração. Te amo!